Por Alba Valéria Mendonça, g1 Rio


Rio lança plano de expansão cicloviária

Rio lança plano de expansão cicloviária

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), apresentou nesta quinta-feira (9) o Plano de Expansão Cicloviária (CicloRio). Em 10 anos, a cidade ganhará 600 km de faixas exclusivas para bikes. Somadas aos 400 km de ciclovias já existentes, serão mil quilômetros para as bicicletas até 2033.

Com a assinatura de um decreto, Paes quer transformar o Rio na “capital da mobilidade urbana saudável e sustentável”.

Eduardo Paes anuncia plano de expansão cicloviária — Foto: Alba Valéria Mendonça/g1

O projeto contempla a criação de corredores que integrem as bikes aos transportes de alta e média capacidade, como trens, barcas e metrô, BRT e VLT e rotas de comércio para atender à demanda dos entregadores.

O plano também prevê a recuperação dos mais de 400km de ciclovias já existentes, assim como a melhora da sinalização e mais segurança. “Estamos fazendo um esforço muito grande para requalificar o transporte no Rio, que nunca foi bom”, disse Paes durante a apresentação do plano.

Plano de Expansão Cicloviária: no alto, a malha já existente; embaixo, os 1.000 km previstos — Foto: Reprodução

A secretária de Transportes Maína Celidônio disse que foi feita uma ampla avaliação das ciclovias e ciclofaixas da cidade, ouviu entregadores, fez uma pesquisa com ciclistas e usuários e construiu o plano do que seria o ideal para a cidade, que vai ser construído nos próximos dez anos.

"Ao final do plano serão 400 conexões em mil quilômetros de ciclovias em toda a cidade, principalmente na Zona Oeste, com estações do BRT e SuperVia. A parte da Zona Sul e as estações do Metrô já são bem servidas. Avaliamos o que a gente já e fizemos um plano para requalificar e aprimorar as conexões que já existem. Detectamos que a segurança viária é a nossa primeira preocupação. Temos ciclovias que não estão bem marcadas e precisam de manutenção, que ficarão a cargo da Secretaria de Conservação", disse a secretária.

Maína destacou que a Ciclovia Tim Maia, em São Conrado, na Zona Sul, destruída durante uma ressaca em 2019, é um caso à parte. As fortes ondas derrubaram parte da estrutura no trecho da Avenida Niemeyer, matando duas pessoas.

"Ela está judicializada. E a prefeitura está discutindo exatamente para saber da viabilidade ou não da sua reabertura", disse a secretária.

Segundo Joaquim Dinis, presidente da CET-Rio — órgão responsável pelas ciclovias — 30 km já foram implantados em 2022, com conexão com 55 estações. Outras 64 conexões estão previstas para este ano, e 63 até 2024.

“O objetivo é todas as conexões implantadas até o final do ano que vem. Além do lazer, a bicicleta hoje é um importante meio de transporte e de trabalho. E a cidade tem de se preparar para isso. A gente quer estimular cada vez mais a bike como transporte saudável e não poluente, garantindo menor tempo gasto em deslocamentos”, disse Dinis.

O presidente da CET-Rio destacou também que a bicicleta não é mais usada somente como lazer, mas também como forma de trabalho e que os entregadores são uma nova realidade na cidade. E eles não poderiam ser deixados de fora do planejamento.

"Por isso, a parte estratégica considera 100% das conexões com o transportes de massa. A gente entende que para grandes distâncias o entregador pode deixar a bicicleta nessas estações e seguir de transporte público. Ano passado usamos conexões menores, de até um quilômetro de distância. Este ano vamos ampliar para até três quilômetros. A gente está ampliando as conexões no Centro da cidade e implantando, este ano, a ligação Tijuca-Centro, onde há grande concentração de comércio, atendendo uma demanda dos entregadores", afirmou Dinis.

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